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"Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive." (Ricardo Reis)

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"No mundo sempre existirão pessoas que vão me amar pelo que sou, outras que vão me odiar pelo que sou e outras, ainda, que ora me vão amar ora me vão odiar pelo que sou.
Sabendo disso, vivo livre. " (in a Alma das Imagens)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A vida não é um jogo de bancada...por isso...ataca, defende, faz um intervalo...mas JOGA!!


"Ships that pass in the night
and speak to each other in passing,
Only a signal shown and a distant voice in the darkness;
So on the ocean of life we pass and speak one another,
Only a look and a voice;
then darkness again and silence."


HENRY WADSWORTH LONGFELLOW

Este romance, apesar de o ser, é muito mais do que uma história de amor. Lembra a todas as mulheres os seus direitos. Porquê? Simplesmente porque relata alguns dos valores vividos numa sociedade Salazarista e, por vezes, é necessário ter consciência do absurdo de algumas leis que outrora governaram, para que sejam erradicadas definitivamente de algumas mentes.
Para além da limitação da expressão (geral para ambos os sexos), uma mulher tinha de ter a autorização do marido para trabalhar e sair do pais. O adultério era considerado crime e o homem tinha atenuantes caso matasse a mulher nessa situação...como é óbvio, o inverso não se verificava. O dever da mulher era cuidar da casa e dos filhos...e não vou aqui ser dogmática...o problema não está na vida doméstica, enquanto opção,mas sim na sua obrigação.
Estas questões "domésticas" sempre foram o meu "calcanhar de Aquiles", pois continuo a assistir a desigualdades...e o que é mais estranho, a maioria das vezes defendidas por mulheres. Não são eles que continuam presos a valores arcaicos, são elas que se permitem a isso. "Ele não sabe fazer isto...parece mal etc". E assim, se antes as mulheres cuidavam da casa e dos filhos, agora cuidam da casa, dos filhos e do emprego!!!!
Não sou nada feminista, apenas considero justo a partilha de direitos e responsabilidades. Todos nós somos seres autónomos e numa relação o respeito mútuo é fundamental.
Infelizmente, nesta sociedade pseudoevoluída em que vivemos, continua a existirem histórias de abusos a todos os níveis. E não, não é só nos meios sociais mais pobres, o que indica que muitas vezes a informação não chega. São precisos VALORES.


P.S. As situações de injustiça aqui exemplificadas, são também vividas por homens. Não se trata de culpabilizar o género mas sim a atitude de superioridade perante o outro.

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